Celular no Casamento: Desligar ou Não?
Qual é a melhor forma de definir as regras para o uso de celulares no casamento, proibir, restringir ou liberar geral?
O mundo está on-line. Vivemos em uma época em que as pessoas estão cada dia mais conectadas, acessando a internet de casa, do trabalho, da escola, da rua. Para muita gente ficou praticamente impossível fazer uma refeição sem postar a foto do prato nas redes sociais ou escolher uma roupa e sair de casa antes que o modelito receba 50 curtidas virtuais.
Se tem sido assim no dia a dia, imagine em um evento grandioso como o casamento, cheio de atrativos irresistíveis para quem está sempre à procura de algo para compartilhar com os amigos e seguidores. Uma selfie com o vestido novo, a decoração, o bolo, o “mico” dos primos, as daminhas fofas, um vídeo com a entrada da noiva, aquele detalhe da abelha que pousou no buquê…
O problema é que, em um evento com 200, 300 ou mais convidados, manter o foco deles nos momentos importantes é uma tarefa quase impossível para quem já está com os nervos à flor da pele: os noivos! Como evitar aquele mar de braços levantados com celulares? E o brilho ofuscante dos flashes atrapalhando os fotógrafos oficiais? E as pessoas de cabeça baixa, de olho grudado nas telinhas, enquanto o celebrante tenta caprichar no discurso? Pior: e aquela musiquinha tocando bem na hora do “Sim”?
Casamento desconectado…
Por tudo isso, muitos casais (em especial os ricos e famosos) têm optado por, simplesmente, proibir a presença de celulares, câmeras e tablets na cerimônia, pedindo a todos que os desliguem ou, até mesmo, recolhendo os aparelhos na entrada. Mesmo quando informado com antecedência, esse tipo de medida pode causar desconforto em muitos convidados. Alguns podem até faltar ao evento! Existem profissionais, por exemplo, que não podem se desconectar quando estão de sobreaviso ou plantão.
Ou celular liberado?
Há também noivos que “liberam geral” e até incentivam o uso dos aparelhos. Alguns chegam a disponibilizar rede wi-fi no local, distribuir máquinas fotográficas e criar páginas na internet para reunir as imagens através de aplicativos ou hashtags. O problema é que esse estilo de casamento conectado só funciona bem em eventos pequenos, mais informais e com poucos convidados (mini weddings). Imagine 300 fotógrafos disputando pela melhor foto dos noivos, ao mesmo tempo!
Nem tanto, nem tão pouco…
Talvez a melhor solução seja o “meio termo”. Utilize os convites e alguns avisos em pontos estratégicos para pedir (não determinar) aos convidados que, durante a cerimônia, deliguem seus gadgets e tentem participar desse momento tão importante para vocês. Informe que durante a recepção haverá um Photo Booth (cenário divertido) onde todos poderão tirar suas fotos e compartilhar à vontade. Os noivos também podem criar uma rede social e publicar fotos “oficiais” do evento, em tempo real, feitas pelos fotógrafos ou story makers profissionais e até por alguns amadores, escolhidos entre os convidados. Mas, claro, tudo previamente combinado e sem estresse!