Oito Dúvidas Sobre a Pílula Anticoncepcional
Confira alguns mitos e verdades sobre a pílula
Apesar das pesquisas realizadas desde a década de 1960, alguns mitos sobre a pílula anticoncepcional ainda persistem. Aqui estão as dúvidas mais comuns. Quantas você é capaz de acertar?
A pílula anticoncepcional é o método de contracepção mais utilizado no mundo, sendo a opção de mais de 90 milhões de mulheres que não desejam engravidar. A pílula atua evitando que os ovários liberem o óvulo, o que normalmente acontece por volta do 14º dia do ciclo menstrual. Com o uso da pílula não acontece a ovulação, o que impossibilita a gravidez.
Mesmo conhecida e estudada desde a década de 1960, a pílula contraceptiva ainda causa muitas dúvidas e é vítima de alguns mitos até hoje. Confira alguns desses mitos e verdades sobre a pílula. Lembre-se que, na dúvida, a palavra final deve ser de seu médico de confiança:
1. A pílula causa espinhas ou acnes?
É possível. Os androgênios têm sido apontados como uma das causas da acne, talvez por intensificar a hiperceratose folicular(1. A pílula anticoncepcional reduz os níveis de androgênios no sangue, o que diminui a gravidade da acne. Mas também existem relatos de mulheres onde a acne ocorreu como efeito colateral da pílula.
2. Quem usa a pílula engorda?
Mito: Mais de 70% das mulheres que tomam a pílula não apresentam ganho de peso. Embora haja algumas queixas nesse sentido, em geral, esse ganho de peso está ligado a retenção de líquidos, que depende da dosagem hormonal e gera inchaços.
3. A pílula anticoncepcional causa varizes?
É provável. Mas as pesquisas ainda não são conclusivas com relação ao aparecimento de varizes relacionadas ao uso da pílula anticoncepcional.
4. A pílula pode causar alterações de humor?
Sim. Além de alterações do humor, nos primeiros meses do uso da pílula contraceptiva, podem surgir náuseas, dores de cabeça, dor nos seios e até depressão. Esses efeitos tendem a desaparecer, porém seu médico deve ser informado se eles persistirem.
5. A pílula alivia cólicas menstruais?
Nem sempre. A dismenorreia (menstruação dolorosa) é menos frequente nas mulheres que não ovulam, o que torna a pílula um recurso útil para 70 a 80% das mulheres com esse incômodo. Com a suspensão da pílula, as mulheres podem voltar a sentir as cólicas. Porém, após começarem a usar a pílula, sangramentos irregulares e menstruações dolorosas podem ocorrer em até 1/3 das mulheres.
6. Antibióticos podem cortar o efeito da pílula?
Às vezes. A ampicilina, um antibiótico muito utilizado no tratamento de diversas infecções, pode reduzir a eficácia da pílula. Outros medicamentos, como anticonvulsivantes, por exemplo, também podem interferir no funcionamento do anticoncepcional. Por isso é importante informar ao seu médico sobre outros remédios que você esteja usando junto com a pílula.
7. Mulheres que param de tomar a pílula demoram mais para engravidar?
Verdade. Apesar de não haver prejuízo comprovado da fertilidade, as mulheres que interromperam o uso da pílula costumam levar mais tempo para engravidar que aquelas que interromperam outros métodos contraceptivos.
8. A pílula aumenta o risco de câncer?
É possível. Mulheres jovens que tomam a pílula apresentam um risco maior para miomas no útero (tumores benignos) durante a pré-menopausa. O anticoncepcional não parece influenciar o risco de tumores malignos no útero ou mama, porém os estudos a respeito ainda não são conclusivos. Por isso, o acompanhamento regular do médico é importante!
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1) O Folículo Piloso é o conjunto formado pelos revestimentos (ou bainhas) epiteliais que rodeiam a raiz de um pelo na profundidade da pele. A Hiperceratose Folicular é o excesso de produção de ceratina ou queratina pelas glândulas sebáceas que ficam no folículo piloso.